Investigador condenado a 17 anos de prisão por roubo e extorsão ainda recebe salários no MA

  • 28/12/2025
(Foto: Reprodução)
Kassamio Leal Paraíba teve condenação a 17 anos de prisão, em regime fechado, por roubo e extorsão Arquivo pessoal Em setembro de 2025, o investigador da Polícia Civil do Maranhão, Kassamio Leal Paraíba, foi condenado a 17 anos, 3 meses e 27 dias de prisão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de roubo — praticado três vezes — e extorsão. Apesar da condenação e determinação da perda do cargo, ele ainda recebe salários e não cumpre pena. 📲 Clique aqui e se inscreva no canal do g1 Maranhão no WhatsApp A decisão foi da 1ª Vara Criminal de Timon e foi assinada pelo juiz Rogério Monteles da Costa. Após a condenação, Kassamio recorreu à 2ª instância, mas ainda não houve julgamento. Kassamio também perdeu o cargo público por determinação judicial e está afastado, mas oficialmente ainda é membro da Polícia Civil e segue recebendo remuneração pelo Estado. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Além da condenação por extorsão, Kassamio também responde por outros crimes como receptação e homicídio, em Timon, mas ainda sem julgamento definitivo. Kassamio é ainda irmão do atual delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko Leal Paraíba. Condenação baseada em provas e quebra de sigilo Segundo a sentença de setembro, Kassamio participou de uma ação criminosa em 31 de março de 2020, quando ele e outros comparsas se passaram por policiais civis, invadiram a casa de um comerciante, fizeram a família refém e realizaram roubos em três locais diferentes. Depois dos roubos, o grupo ainda exigiu R$ 50 mil da vítima sob ameaça de morte. O juiz apontou que há um conjunto “robusto e coeso” de provas confirmando a participação do policial. Entre elas estão depoimentos das vítimas, confissões dos comparsas, laudos periciais, imagens de câmeras de segurança e dados de localização obtidos pela quebra de sigilo telefônico. De acordo com as investigações, o veículo usado pelo grupo — um Renault Sandero — era conduzido por Kassamio. A análise de dados apontou que o celular do policial esteve na área dos crimes nos horários das ações e também no local onde seria feita a entrega da quantia exigida na extorsão. Juiz determina perda do cargo público Na decisão, o magistrado destacou que Kassamio usou sua função de policial civil para facilitar o crime, utilizando insígnias da corporação para conferir “falsa aparência de legalidade” e intimidar as vítimas. Por isso, além da pena de prisão, foi decretada a perda definitiva do cargo de investigador. No entanto, apesar da perda do cargo, Kassamio ainda recebe remunerações. Conforme o Portal da Transparência do Governo do Maranhão, o investigador afastado recebeu, de salário bruto, de R$ 8.705,65 a R$ 9.802,48 de janeiro a novembro, em 2025. Outro réu também foi condenado Um coautor identificado como 'Jhonildo' também foi condenado, recebendo pena de 15 anos, 9 meses e 17 dias de prisão, igualmente em regime fechado. Já Marcos Wanderson Venâncio Mendes, apontado como um dos envolvidos, teve a punibilidade extinta por morte durante o processo. O que disse a defesa de Kassamio A defesa de Kassamio Leal Paraíba pediu sua absolvição e alegou, entre outros pontos: Ilicitude das provas em vídeo, argumentando que teria havido quebra da cadeia de custódia; Insuficiência das provas de localização do celular; Ausência de reconhecimento formal do réu pelas vítimas; Coação na confissão do corréu Marcos Wanderson (falecido), que mencionou Kassamio; Álibi, sustentando que ele estaria em uma “campana policial” no momento dos crimes. No entanto, o juiz rejeitou todos os argumentos. Segundo a sentença, os laudos periciais comprovaram a integridade dos vídeos, não houve demonstração de qualquer adulteração e o STJ já havia analisado a questão sem apontar irregularidades. A justificativa do álibi apresentado por Kassamio também foi afastada. O delegado responsável à época disse que não determinou nenhuma diligência para ele na data dos crimes, e não houve apresentação de qualquer documento que confirmasse a missão. O magistrado destacou ainda que, embora as vítimas não tenham reconhecido Kassamio por causa da balaclava usada na ação, há “cadeia de provas materiais e técnicas independentes” suficiente para comprovar sua atuação como líder do grupo.

FONTE: https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2025/12/28/investigador-condenado-a-17-anos-de-prisao-por-roubo-e-extorsao-ainda-recebe-salarios-no-maranhao.ghtml


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